sábado, 31 de maio de 2014

Acção política e apolítica


Já decidi e mantenho a convicção de que não vou escrever, expressamente, sobre “políticos” vivos, ou na vida política activa.

É tão grande a heterogeneidade dos agentes da nossa política que se torna difícil encontrar padrões classificativos para eles; e há tanta transversalidade nos princípios político-ideológicos vigentes que se torna pouco atractivo tratar esta ou aquela personalidade política.

Vão longe os partidos ortodoxos que se pautavam dentro de uma ideologia rígida e definida e visavam, como é lógico e natural, a luta pelo poder e a difusão dos ideais doutrinários, ao maior número possível de simpatizantes e possíveis militantes.

Havia líderes naturais e também quadros arregimentados; havia gente, talvez apenas políticos quanto bastasse, mas tecnicamente apetrechados para as mais altas incumbências da governação. 

Mesmo os partidos com diminutas possibilidades de chegarem ao governo, preparavam os parlamentares e os seus líderes para o debate vivo, acalorado e, geralmente bem fundamentado. E, porque não dizê-lo: civilizado!

As oposições, combativas e construtivas, doutrinavam, como é evidente, os líderes do mundo operário, as supra-organizações dos trabalhadores, os movimentos estudantis, as juventudes, etc., mas não se limitavam às cassetes que hoje maçam, porque não referem nada de concreto, sustentável e inteligível, à grande maioria dos portugueses, acabando por produzir efeitos contrários aos visados.

Os direitos, que são atribuídos aos trabalhadores, são definidos pelas cúpulas, as acções são dirigidas por quadros, que pouca interacção têm com os que representam, ou pelo menos, dizem representar.

A educação, as carreiras académicas e sociais que lhes abriram, e o contexto de vida que lhes foi dado viver, empurraram a grande maioria das últimas "juventudes" para uma "carreira política", pois eram evidentes as vantagens aí encontradas, relativamente às possibilidades no mundo do trabalho.

Não seria honesto, virmos agora a considerar desonesto, aquilo que muitos jovens fizeram, enquanto cresceram, e o que fazem como consequência, e corolário, do que fizeram.

Como seria natural, este estado de coisas levou a muitos erros, à participação de muita gente que talvez não tenha tido outra utilidade para além do voto nas urnas, em dias de eleições. 

Levou à nomeação de gente carreirista e impreparada para as funções em que foi investida; não basta ser-se fiel ao dirigentes do partido e leal aos controladores, é condição “sine qua non” ser-se competente, trabalhador, honesto e experiente para liderar equipas que, pela sua essência e finalidade, têm sempre de perseguir a excelência. Temos o direito de ser governados pelos mais capazes.

Será que os ministros que nos têm governado passariam num teste apertado de liderança? 

E os parlamentares, resistiriam a um crivo apertado de competência técnica e idoneidade moral para representarem o povo, como tanto apregoam?

Estão estes nossos representantes satisfeitos com o afastamento, cada vez mais evidente e perigoso, dos portugueses que representam? 

Que nos conste, nunca nenhum representante nosso foi substituído, na A.R. por incompetência, ou outros motivos semelhantes. E governantes, já algum ficou no desemprego depois de sair? 

Fazem-se análises para tudo. Será possível saber-se quanto tempo gastou cada parlamentar a falar do futuro e de como irá ser a governação a curto, médio e longo prazo? 

Ou, a oposição, a dizer como faria, com que meios, garantidos com que impostos, aquilo que o governo fez mal? 

Mas, tudo isto em linguagem simples, clara e inteligível; tratados de centos de folhas, ou sites informáticos, NÂO! 

Quando os portugueses ouvirem factos concretos e explicações claras, dos seus representantes no governo e na oposição, saberão escolhê-los.

sábado, 24 de maio de 2014

Por que escrevo…

Prelo - máquina de impressão 


Escrevo por gosto, sem estar a lutar por coisa nenhuma e não esperando qualquer recompensa. 

Assim, as coisas correm melhor, as ideias são mais claras e as palavras fluem, naturalmente.

Aceito, com naturalidade, as críticas e tentativas de ataques dos que se arvoram em meus adversários – inimigos, no espírito deles -. 

Não lhes levo a mal, pois sei que o fazem porque vêem em mim algum bem que eles quiseram ter e lhes falta.

Estou a tornar-me menos belicoso, e sobretudo não beligerante, porque a frescura se vai esfumando; todavia sinto que a qualidade não se esvai e, antes pelo contrário, se refina e apura.

É por isso que continuo a escrever e, embora a contra-gosto dos que me catalogam de “datado”, os níveis de seguidores dos meus escritos, publicações e postagens, continuam a crescer – superando, até, as minhas expectativas -.

Dizendo o que penso, escrevendo o que sinto e projectando o que aprendi, não ataco ninguém; o que não quer dizer que esteja de acordo com tudo e com todos. 

Isso jamais se verificará – e ainda bem -.

Toda a vida tenho balançado, como um pêndulo, entre aluno e professor. 

Recorrente entre os dois polos, continuarei este movimento perpétuo até que o equilíbrio mo permita. 

Os parâmetros são eu próprio e aquilo em que acredito. 

No espectro cada vez mais amplo, ou os movimentos diminuem ou a intensidade aumenta.

Há ainda um outro factor condicionante deste estado de coisas. Nestas alturas começa a divisar-se o limite temporal e, a sensação de impotência, dificulta a manutenção do estado de tranquilidade e calma que a idade recomenda. 

Mas, vive-se e as coisas por que escrevemos compensam.

O stress, tido como uma das doenças dos tempos modernos, desenvolve-se a partir de cada um de nós. 

Um dos principais e mais eficazes antídotos é a leitura e a escrita, que não tendo efeitos colaterais e perniciosos, deveriam ser mais difundidos e incentivados desde a escola. 

São os motivos por que escrevo…

domingo, 18 de maio de 2014

COISAS da vida


Atão muito boas-noites para todos!

Será que há por aqui alguma coisa para me informar se a coisa ainda demora muito a chegar? 

É que aqui nesta coisa da Barca da Amieira, não sei que raios de coisas se passam que nunca coisa nenhuma chega como escrevem naquelas coisas! 

E um homem com estas coisas para levar e mais coisas para fazer! 

Já a minha coisa está farta de pensar coisas!

E depois que coisa esta que nem uma coisa aqui tem para se guardar qualquer coisa! 

Com essa coisa aí fora e estas coisas todas encharcadas, nem aqui têm uma coisa para um maltês secar qualquer coisa. 

E esta coisa não se pode encostar?

Eh! Você aí, dentro dessa coisa, sabe se a coisa, como parece, está para demorar? 

Esse zingarelho, ou lá que coisa é essa, já tocou a dizer em que pontos está a coisa? 

Já terá passado em riba daquela coisa de Ortiga? 

E com essa coisa toda que vai aí por esse céu fora, será que não caiu qualquer coisa na coisa e a coisa está para aí cousada?

Com o caminho todo só para uma coisa, com todo um bando de coisos a trabalhar só para a coisa – são os factores, que não sei que coisas fazem; os bilheteiros, os maquinistas, os ajudantes, os chefes, os subchefes, os serventes, os operários, os guardas e sei lá que mais coisas, por aí adiante e nunca este raio de coisas chega, e parte, das coisas, a horas. 

Será que estas coisas são do conhecimento de tantos coisos que nunca saem lá daquelas coisas, com muito boa luz, máquinas e tantas outras coisas que ninguém sabe que coisas fazem?

A sorte do dono destas coisas é não haver outra coisa para fazer a mesmas coisa que faz, ou devia fazer, esta geringonça. 

Se houvesse outra coisa, já a coisa estaria bem mais dentro da coisa. Mas, assim, como precisamos desta coisa, há que esperar pela coisa!

Se ao menos houvesse aqui qualquer coisa onde se pudesse molhar a coisa, sempre a coisa corria melhor. 

Assim, há que confiar na coisa, uma vez que não há outra coisa que nos possa safar.

Olhe cá, aquela coisa ali pendurada na parede está a dar coisas certas? 

Oh! Diabos levem as más coisas que cobrem toda esta noite. 

Atão quer dizer que já não alcanço a minha coisa, lá perto da Lardosa, antes da meia-noite?

Eh! Raios! 

Parece que a coisa ainda mexe e já mandou um grito a avisar que está a chegar a esta coisa. 

Muito boas-noites; 

Espero que não me levem a mal estas coisas! 

Sou o “Coisas” dos Casais de S. Pedro – Lardosa.

domingo, 11 de maio de 2014

Ensino


Lemos, em tempos, uma daquelas paródias em que somos bastante imaginativos e, às vezes, cáusticos, quanto baste.

Sem comentários, transcrevemos:

Definição (pouco) dinâmica de ensino:

Tem sido significativo o esforço feito pelos vários Governos de Portugal, na área do ensino. 

Graças ao conjunto de políticas, conseguimos chegar ao que de melhor se faz por essa Europa e até pelo Mundo. 

Em estudo recente, que envolveu inúmeros técnicos, assessores, consultores e outros quadros superiores do M.E., chegou-se à seguintes definições:

“ENSINO” nos anos 50/60 (séc.XX)

Um camponês vendeu um saco de batatas por 100$00. 

As suas despesas de produção foram iguais a 4/5 do preço da venda. 

Qual foi o seu lucro?

“ENSINO” tradicional nos anos 70 (séc.XX)

Um camponês vendeu um saco de batatas por 100$00. 

As suas despesas de produção foram iguais a 4/5 do preço da venda, ou seja, foram de 80$00. 

Qual foi o seu lucro?

“ENSINO” moderno nos anos 70 (séc.XX)

Um camponês troca um conjunto B, de batatas, por um conjunto M, de moedas. 

O cardinal do conjunto M é de 100 e cada elemento de M vale 1$00.

Desenha o diagrama de Venn do conjunto M, com 100 pontos, que representam os elementos desse conjunto. 

O conjunto C, dos custos de produção, tem menos 20 elementos do que o conjunto M

Representa C, como subconjunto de M e escreve, a vermelho, o cardinal do conjunto L do lucro.

“ENSINO” renovado – 1980(séc.XX)

Um agricultor vendeu um saco de batatas por 100$00. 

Os custos de produção elevam-se a 80$00 e o lucro é de 20$00.

Trabalho a realizar

Sublinha a palavra “batatas” e discute-a com o teu colega de carteira.

“ENSINO” reformado – 1999 (final do séc.XX)

Um Kampunes reçebeu um çubssídio de 50$00 para purdusir um çaco de batatas o qual vendeo por 100$00 e gastou 80$00.


Analiza o texto do iserçício e em ceguida dis o que penças desta maneira de henriquesser.