sexta-feira, 16 de agosto de 2013

História do sabão




O sabão não se encontra, espontaneamente, na Natureza; tem de ser fabricado, tal como o pão, o vinho, o queijo, ou o vidro, cujos processos de produção são extremamente simples e foram originados, geralmente, por fenómenos puramente acidentais.

As primeiras referências à produção de sabão são do historiador romano Plínio, o Velho (23-79 d.C.), mas estão documentados muitos factos pré-históricos, relacionados com sabão.

Na Babilónia, foram encontradas inscrições, datadas de 2.800 a.C., revelando fervura de gorduras de animais juntas com cinza. 


Porém a mistura seria usada como pomada para ferimentos, ou para penteados, pois ainda não se lhe conheciam as propriedades de limpeza.

No Egipto, o sabão não tinha lugar nos tão bem referenciados banhos de Cleópatra.

Já conhecido e preparado, continuava ligado ao tratamento de feridas e doenças da pele.

Na Grécia, o sabão estava, igualmente, fora dos hábitos de higiene.

Os gregos limpavam os corpos com blocos de barro, areia, pedra-pomes e cinzas. Depois, um instrumento de metal – o strigil – removia a sujidade, gordura e células mortas.

As provas definitivas da produção de sabão encontram-se na História de Roma.

De acordo com uma antiga lenda romana, o sabão tem origem no Monte Sapo, onde eram feitos sacrifícios de animais em pilhas crematórias.

Depois as chuvas arrastavam, para os barros das margens do Rio Tibre, onde as mulheres iam lavar a roupa, os restos de sebo misturados com cinzas.

Quando as lavadeiras descobriram que aquele barro lavava muito melhor, com menos esforço, descobriram, inadvertidamente, o sabão.

Porém, apesar da importância dos banhos públicos na sociedade romana, a utilização de sabão como agente de limpeza corporal não se encontrava disseminada.

Tal como os Gregos, os Romanos usavam o “strigil” para raspar a areia, óleos e cinzas com que cobriam o corpo. Completavam o “banho” com bálsamos de ervas.

Mais tarde os médicos romanos começaram a recomendar o sabão como benéfico para a pele e, nas ruínas de Pompeia foi encontrada uma fábrica de barras de sabão.

Durante muitos séculos o sabão teve avanços e retrocessos na higiene pessoal, mas acabou por ter larga utilização na lavagem de roupa.

Já no início do séc. XVIII avançou-se, definitivamente, com a produção de sabão a partir de derivados de azeite.

Nos EUA recebiam, no início do séc. XIX grandes quantidades de sabão ido da Europa.

Até que, em 1806, William Colgate abriu a primeira grande fábrica de sabão nos EUA, chamada Colgate & Company.

Em 1830, a empresa começou a vender barras de sabão de peso uniformizado e em 1872 Colgate introduziu os sabonetes perfumados.

Actualmente, com o avanço dos detergentes, os sabões pouca semelhança têm com o sabão fabricado através dos tempos.

Mas isso são outras “guerras”!...

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