A sanita é um tema como qualquer outro, só que bastante importante. O saber não ocupa lugar e não há idade para aprender.
Há mais de 4.000 anos, já em Creta, no palácio de Cnossos, se aplicava uma espécie de sanita. Tinha uma cisterna, uma pia e um canal de descarga de água.
Todavia, a generalização do processo foi muito lenta, embora não sendo cretinos os de Creta (são cretenses).
Depois, os Romanos, não utilizavam dispositivos individuais; tinham assentos corridos, com várias aberturas, para os diversos utentes, e, por baixo, uma vala comum, com água corrente, encaminhava os dejectos até ao depósito apropriado.
Há apenas dois séculos que as fossas sépticas, providas de sifão, servem as casas particulares.
Durante quatro milénios os despejos eram atirados à rua, após aviso prévio.
Ficou célebre o grito “vai água!...”, simultâneo com o arremessar de toda a espécie de dejectos, pela janela, ou porta fora.
Os pioneiros deste processo de mudança higiénica foram os ingleses.
O poeta John Harington desenvolveu, em 1597, o “water closet” de válvula, baptizando-o de Ajax, e promovendo a sua instalação no palácio da rainha Isabel I, em Richmond.
Em 1775, ou seja, passados quase dois séculos, John Cummins, patenteou um w.c. de cisterna, que viria a ser aperfeiçoado, poucos anos depois, por Samuel Prosse, com a sua válvula esférica.
Menos de um século depois, em meados do século XIX, os serviços ingleses de Saúde Pública publicaram a célebre acta que obrigava a instalar um serviço sanitário, em todas as casas que se construíssem, no futuro.
Nos finais do século XIX, segundo referências de 1890, a postura inglesa estava adoptada em toda a Europa. Pelo menos a ideia era aceite em todos os países deste continente.
Em Portugal o saneamento básico há-de chegar um dia, esperamos que ainda este séc. XXI, a todo o território; são apenas dois séculos de diferença para o decreto dos ingleses…
Mas também uma coisa inventada por um poeta talvez não fosse para levar muito a sério!...
O sistema recebeu, pelo mundo, as mais variadas designações, de um modo geral de acordo com o local onde era instalado.
Na Inglaterra o povo continuou a chamar-lhe john, em homenagem ao poeta inglês, John Harington que foi, indiscutivelmente, o seu criador.
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