A aplicação da radioactividade na
medição da antiguidade permitiu à Paleontologia e Estratigrafia calcular a
idade da Terra e definir as várias etapas (Éones, Eras e Períodos), ao longo
dos 4.600 milhões de anos do nosso planeta.
Os aparecimentos do ser humano (um
dos últimos a surgir na Terra) e das outras formas de vida, ocorreram no Éon Fanerozoico
( do grego: faneros - visível + zoikos
– vida), que na escala do tempo geológico abrange os últimos 543 milhões de
anos.
Note-se que estes números, incómodos para a nossa compreensão, representam
apenas um pequeno período na vida da Terra que tem a bagatela de 4.600 milhões
de anos.
Esse tempo é dividido, pelos
cientistas, em três grandes períodos ou éones: Éon Arcaico (até aos
2.500 milhões de anos), Éon Proterozoico (dos 2.500 aos 570
milhões de anos) e Éon Fanerozoico ( desde os 570 milhões de anos até à
actualidade).
Dentro deste último éon
distinguem-se várias eras (Paleozoico, Mesozoico e
Cenozoico). As eras dividem-se em períodos e estes em unidades
menores.
Apresentados estes termos
científicos, passaremos aos acontecimentos que ocorreram em cada uma das eras
do Éon Fanerozoico, atendendo a que nele surgiu a vida humana:
No Paleozoico apareceram os
invertebrados marinhos com conchas, os peixes e anfíbios, as plantas terrestres
– sobretudo fetos – e os primeiros répteis.
No Mesozoico, durante o qual
se renovou a fauna e a flora, surgiram as gimnospérmicas, ocupando o lugar dos
fetos, vários animais terrestres e outras faunas modernas, plantas complexas,
evolução dos peixes. Apareceram, também nesta era, os mamíferos e as aves.
No Cenozoico – que abarca o
período de há 65 milhões de anos até à actualidade – os continentes derivaram,
tendo, eventualmente, colidido, dividindo-se, em seguida, nas massas
continentais actuais. O clima evoluiu, caracterizando-se pela alternância de
épocas glaciares e interglaciares. Evoluíram e expandiram-se os mamíferos e as
aves, apareceram os hominídeos e, depois, o homo sapiens. Quer dizer: nós.
Resumidos nas vinte e cinco linhas
antecedentes os 4.600 milhões de anos da evolução da Terra, referiremos agora
como se fazem estes cálculos e estas medidas astronómicas.
Como é óbvio, as investigações mais
complexas são as referentes aos períodos mais longínquos: anteriores àqueles em
que se originou a vida no nosso planeta.
Até ao princípio do séc.XX, os Físicos
basearam-se na velocidade de sedimentação dos estratos rochosos – Método
Estratigráfico -.
Porém, tinham dificuldade em trabalhar as rochas do
período Pré-câmbrico cujos fósseis são muito raros e se apresentam em formas
muito primitivas.
A descoberta das desintegrações
radioactivas – fenómeno que evolui sempre da mesma maneira, nos restos
orgânicos -, trouxe a solução.
É o Método Carbono 14, inventado a
partir das descobertas de Einstein e de que nos ocuparemos noutra Folha
Solta.
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