quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Líder - liderança


A palavra “líder” é a grafia portuguesa da palavra inglesa “leader” – chefe -. 

Derivada de líder formou-se “liderança”- qualidade ou função de líder. Forma de dominação baseada no prestígio pessoal e aceita pelos dirigidos. (G. D. da Língua Portuguesa – Dr. J.P.Machado). 

Há líderes desde que o Mundo é Mundo; todavia a maior parte dos dicionários que consultámos não contém essa entrada. 

Usavam-se muitas outras palavras, ou expressões, para designar os chefes, os comandantes e os dirigentes. 

Talvez não fosse muito sentida a necessidade de massificar a palavra, pois os verdadeiros líderes não abundam, quer nos refiramos às classes sociais, aos grupos económicos ou aos dirigentes políticos. 

Mas com o apogeu das sociedades industrializadas e o consequente aparecimento das técnicas de Marketing, surgiram as oportunidades de generalização de grupos comerciais agressivos e apareceram os líderes. 

Pessoas que, pela sua personalidade, exercem influência sobre o comportamento dos outros, conduzindo-os na acção e representando-os nas suas pretensões e opiniões. 

Também na política o líder é a pessoa que chefia um grupo político – partido –, ou um movimento, e os representa, institucionalmente. 

Ao falarmos de líder, referimo-nos à personalidade. 

Efectivamente , umas das primeiras condições do líder, como chefe e como dirigente, deriva da sua personalidade. 

Vem, depois, um vasto conjunto de atributos que exercem influência sobre o grupo que acaba por reconhecer o líder – chefe incontestado e aceite, incondicionalmente, por todos. 

O líder tem de:

- Ter um comportamento irrepreensível, saber ouvir, ponderar e decidir; 

- Incentivar, premiar e saber ajudar, ou mandar apoiar, os que precisem; 

- Caminhar, resolutamente, para os objectivos que traça, ou recebe; 

- Rodear-se dos mais capazes e motivar os menos aptos; 

- Captar as tendências, aspirações, interesses e motivações do grupo e materializá-las; 

- Analisar as acções dos concorrentes, ou adversários, criteriosamente e separar o que é passível de combate, do que não é atacável; 

- Eleger a árvore no meio da floresta; 

- Elogiar ou admoestar, mas sempre com um carácter didáctico e construtivo; 

- Motivar os seus sequazes, com envolvimento e motivação, nas tarefas a desempenhar. 

E, se para dentro do grupo o líder nunca se pode abster da sua condição, para o exterior a tarefa é muito mais melindrosa: 

- Não pode, em circunstância alguma trair a expectativa que os seus seguidores têm dele próprio, como líder; 

- Não pode pactuar com falhas na execução das tarefas executadas; 

- Não pode dizer mal, abertamente, das acções do adversário e sempre que a tal se refira tem de adoçar a agressividade que tenha usado com alternativas válidas, exequíveis e realistas. 

- Tem de ser visto como líder, também pelos adversários; 

- E tem de ter sempre presente que a liderança se conquista e mantém ao longo duma vida e se perde num simples acto irreflectido, mal amadurecido ou simplesmente falhado. 



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