terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Palácio Nacional de Mafra



Mandado construir no séc.XVIII pelo rei D. João V, em cumprimento de um voto para obter sucessão, no casamento com Dª Maria Ana de Áustria, ou pela cura de uma doença de que sofria, o Palácio Nacional de Mafra é o mais importante monumento barroco de Portugal.

Construído com pedra lioz da região, o edifício de 68 metros de altura, ocupa quase 4 hectares (37.790m2). 

Tem 1.200 divisões, mais de 4.700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e saguões. 

Para recheio do palácio real o rei encomendou obras de escultura e pintura a mestres italianos e portugueses. 

Os paramentos e alfaias religiosas são obras de mestres franceses e italianos. 

Da Flandres vieram 2 carrilhões com 92 sinos – o maior conjunto no mundo – (actualmente 114 sinos).

A construção, iniciada em 17 de Novembro de 1717, chegou a empregar, simultaneamente, 52.000 trabalhadores e, no final, muito para além dos inicialmente previstos, acabou por abrigar 330 frades, um Palácio Real, uma das maiores e mais belas bibliotecas da Europa, com um valioso acervo de 36.000 volumes – abrangendo todas as áreas de estudo do séc. XVIII -, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte.

A completar toda esta magnificência alardeada pelo rei D. João V – só possível devido ao ouro do Brasil -, mandou o rei construir a imponente basílica, que foi consagrada no 41º aniversário do monarca – em 22 de Outubro de 1730, um domingo a que se seguiram festas de oito dias -.

Embora nunca tendo sido residência permanente da família real o Palácio-Convento de Mafra teve a atenção dos sucessores de D. João V. 

No reinado do filho, D. José, foi ali criada uma importante escola de escultura que, sob a direcção do mestre italiano Alessandro Giusti, produziu os retábulos de mármore da basílica. 

Também D. João VI – cujo Paço preferido era Mafra – encomendou, já nos finais do séc. XVIII, pinturas rurais para diversas salas e um novo conjunto de órgãos para a basílica.

A Real Tapada de Mafra, também criada por D. João V, em 1747, com o objectivo de proporcionar um adequado envolvimento ao monumento, não podia deixar de corresponder à grandiosidade do Palácio-Convento. 

Numa área de 1.187 hectares – 819 dos quais cobertos de floresta -, rodeada por um muro de alvenaria - pedra e cal -, com 3 portas, num perímetro de 21 Km. Em 1828, 2 muros dividiram a Tapada em 3 áreas isoladas.

O Convento foi incorporado na Fazenda Nacional em 30 de Maio de 1834 – extinção das Ordens Religiosas em Portugal – e desde 1841 até à actualidade foi acupado por diversos regimentos militares, sendo, desde 1890, sede da Escola Prática de Infantaria (convento e 1ª tapada de 360 ha).

Nos últimos tempos da Monarquia o Palácio foi visitado diversas vezes pela casa real, que ali ia fazer estadias passageiras, celebrar festas religiosas, ou caçar nas tapadas.

Decretado Monumento Nacional Dec. de 10.01.1907 e o Palácio Real transformado em museu pelo Dec. de 16.06.1910, abrindo como tal em 1911, com o nome de Palácio Nacional de Mafra.

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