quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

BELVER – museu do sabão


Aí pelos anos 90 – já lá vão uns vinte – assisti, durante uma Feira de Ciência e Tecnologia, na cidade de Barcelona, a uma sessão promocional do Governo da Catalunha. 

Entre várias iniciativas pedagógicas, foi descrito o ciclo biológico de um rio, feito pelos alunos de várias localidades situadas nas margens de um curso de água que descia dos Pirenéus para o Mediterrâneo.

No trabalho era referido, e muito bem apresentado, um museu do sabão, com a indicação de que se tratava de um raro exemplar. 

Em todo o Mundo, segundo o assessor científico da Empresa de material didáctico, nossa representada, só haveria outra coisa idêntica, no Líbano.

E explicou-me o Dr. Martin Molinero, que não tanto pelo processo de fabricação de sabão que é, em si, muito simples, mas pelo desenvolvimento histórico das diversas fases por que passou aquela indústria, era um local bastante visitado pelos alunos das escolas e pelo público.

Trouxe documentação, falei com algumas escolas, sobretudo no Norte e não consegui que qualquer autarquia, ou escola, se interessasse pelo projecto de preparar um museu de sabão.

Há dias, em buscas na Internet, parei, por mero acaso, no “site” sobre o Museu do sabão, recentemente inaugurado no edifício de uma ex-escola primária de Belver

E veio-me à memória a cena de introdução desta “Folha solta”, que irei completar com as transcrições que se seguem, com a devida vénia às Autarquias que puseram de pé a louvável iniciativa.

Transcrevo, sendo o realce e sublinhado, meus:

“O espaço pretende «perpetuar a memória da indústria de saponificação em Belver desde o século XVI até à primeira metade do século XX», segundo informa a autarquia, mais concretamente aos seus saboeiros, nome pelo qual ficaram conhecidos os cidadãos desta localidade situada entre o Norte Alentejano e a Beira Baixa.

Os promotores do Museu salientam que todos os que visitarem o espaço vão encontrar-se com a história saboeira que outrora incentivou a economia local na região, e de forma «muito moderna», através das novas tecnologias e ferramentas interactivas que ajudam os visitantes a perceber como se produzia este produto.

Um saber-fazer ancestral concebido a partir de cinzas e borras de azeite.

O espaço conta a história saboeira da região, recordando a estatização de todas as saboarias do Reino (em 1766), centrando-se, em particular, no desenvolvimento da Real Fábrica de Sabão, situada em Belver, que laborou em regime de monopólio régio até 1858, e que se dedicava à produção de sabão mole e sabão de pedra.


As visitas ao Museu podem ser efectuadas de quarta a sexta-feira, das 10 às 17h00 e aos sábados e domingos das 14h00 às 18h00.”

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