segunda-feira, 10 de março de 2014

Platina

         
                                                                                                 pepitas de platina

Existem objectos de platina desde a antiguidade, mas a primeira referência ao metal surge nos escritos de Júlio Caesar Scaliger, em 1557, ao descrever uma substância das minas da Colômbia: 

“Até agora não foi possível fundi-la pelo fogo, ou por qualquer das artes espanholas”.

Dois séculos depois, aparecem novas referências a um metal que surge misturado com o ouro, nas minas da Colômbia, e são enviadas para a Europa as primeiras amostras do metal. 

A primeira platina pura foi obtida em Inglaterra em 1803, por W. H. Wollaston.

O nome platina é um diminutivo, depreciativo, de plata (prata, em castelhano), dada a semelhança que à primeira vista existe entre os dois metais e era usado para definir a impureza indesejável que acompanhava o ouro extraído das minas.

O metal puro é branco, brilhante, dúctil e macio e tem a densidade de 21,45 g/cc (três vezes mais pesado que o ferro) e o ponto de fusão, muito alto, dá-se aos 1.769,3ºC.

Associam-se a este metal precioso (um dos mais raros do mundo), níquel, cobre, ouro, prata, e, sobretudo, irídio e utiliza-se no fabrico de materiais de laboratório, acessórios de aparelhagem eléctrica e, em pó - catalisador em várias reacções na química orgânica.

Aplica-se em joalharia, odontologia e próteses e o metro-padrão e o quilograma-padrão, internacionais, bem como as respectivas cópias, são fabricadas com platina iridiada (liga com 90% de platina e 10% de irídio).

Dos seis elementos que compõem o grupo dos metais de platina a ourivesaria e joalharia usam a platina, o paládio e o ródio. 

A platina começou a ser usada nos princípios do séc. XX, os restantes só começaram a aplicar-se nos anos trinta. Até aí as jóias eram de ouro, ou prata.

Em Portugal a platina usada em joalharia não pode ter percentagem de liga superior a 500 milésimas (lei de 1926 e alteração dos anos 30). A este toque corresponde um punção de garantia da contrastaria com uma cabeça de papagaio e a letra P (símbolo usado desde 1926).

O paládio é semelhante à platina na cor e propriedades, mas mais leve. Usa-se como liga, para juntar ao ouro, de que resulta o ouro branco. 

O ródio é mais duro e resistente ao uso e corrosão. É usado num banho electrolítico para melhorar o acabamento das jóias de ouro branco, prata ou platina, cobrindo-as com uma camada mais branca, resistente e brilhante.

Nos últimos anos fazem-se jóias com praticamente qualquer material, como titânio e nióbio, além de resinas e outros polímeros. 

Por sua vez a indústria automóvel é um dos grandes consumidores de platina, usando-a nos mecanismos de catalisação.

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