As 17 espécies de formigas existentes em Portugal, são uma pequeníssima amostra das quase 12.500 espécies existentes por todo o nosso planeta, excepto nas regiões polares.
Junto com algumas vespas e abelhas, as formigas, como insectos eusociais, pertencem à Ordem Hymenoptera.
Aos biólogos que se ocupam do estudo das formigas dá-se o nome de mirmecologistas.
Segundo Ted Schultz, na sua obra “In search of ant ancestors”, as formigas são o género animal com maior sucesso na terra, pois constituem 15 a 20% da bio massa terrestre; existem há mais de 100 milhões de anos, crendo-se que surgiram no Período Cretáceo, derivando de vespas do Período Jurássico.
De ovos a adultas demoram 6 a 10 semanas. As operárias vivem desde poucos meses até 3 anos. As rainhas têm maior longevidade, tendo, como máxima idade, 30 anos.
A rainha produz uma feromona que indica às obreiras quando devem criar outras rainhas.
Desde sempre as formigas foram consideradas úteis ao ecossistema e estão entre os animais que mais trabalham; são capazes de transportar várias vezes o seu peso.
A organização social das formigas é extremamente funcional: as sociedades são organizadas por castas a que correspondem tarefas perfeitamente definidas, atribuídas de acordo com o tamanho ou a idade de cada indivíduo.
Vivem, na maior parte dos casos em formigueiros, que chegam a ter muitos milhares de formigas e são formados por complexos sistemas de túneis e câmaras subterrâneas.
Nas câmaras são alojadas as obreiras, armazenados os alimentos, alojada a rainha, havendo ainda espaços próprios para “berçário” e tratamento e cuidados com as larvas.
A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que as restantes formigas e perde as asas depois de fecundada – põe ovos durante toda a sua vida –.
Os machos aparecem apenas para fecundar uma nova rainha e depois da fecundação são impedidos de entrar no formigueiro e morrem.
As funções de procura e transporte de alimentos, construção e manutenção do formigueiro, defesa e ataque, limpeza, guarda da entrada e tratamento e cuidados com ovos, larvas, pupas e crias, são atribuídas às fêmeas estéreis – as obreiras.
A comunicação é a maior maravilha das formigas.
Deixam uma trilha de feromónio que pode ser seguida por outras formigas.
Nessas feromonas ficam os sinais de abundância de comida, esgotamento, caminho para a colónia, obstáculos, perigos e predadores, caminhos alternativos.
Como as trilhas mais bem sucedidas são seguidas por mais formigas, a quantidade de feromonas é maior e interpretado como mais vantajoso.
Uma formiga esmagada emitirá um alarme de feromónio que dada a sua alta concentração leva as formigas mais próximas a disporem-se em ataque.
As antenas sentem o cheiro e dão sinais ao cruzarem-se duas formigas.
As formigas atacadas injectam ácido fórmico nos atacantes.
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