sábado, 27 de julho de 2013

Amigos e conhecidos



São muitas as pessoas que conheci e conheço.

Conhecidos de vista, e com que convivi, profissional ou socialmente.

Ensinei muitos a descobrir o dia-a-dia, das primeiras letras até ao fim da escolaridade - nesses tempos a sexta classe.

Muitos outros, iniciaram, comigo, a vida profissional: como delegados de propaganda médica, vendedores das mais variadas coisas, técnicos de marketing e chefes de equipas.

Certamente ainda hoje lembram as recomendações mais vulgares: aborda-se o cliente com a pasta na mão esquerda, espera-se que uma senhora nos estenda a mão, pergunta-se a uma senhora se está bem e não se está boa, e outras trivialidades que terão ajudado a vencer na vida profissional muitas e muitos destacados técnicos, muitos mesmo extraordinários.

É com profundo e enorme apreço que relembro as duas centenas de militares que comigo e sob o meu comando, percorreram as matas da Guiné, nos quase dois anos em que ali defendemos a soberania nacional e enquadrámos as populações autóctones.

Restam desses tempos marcas indeléveis e de cada vez que nos vão chegando notícias dos que nos vão deixando, é muito forte o sentimento de pesar.

Ainda não são suficientes, para tudo apagarem, os quarenta e cinco anos que já passaram desde que regressámos e nos separámos no quartel da Amadora.

Tenho sempre presentes os meus familiares ascendentes – analfabetos por estatística, mas sábios por filosofia de vida – pois foi deles que herdei as melhores raízes que têm nutrido as sete décadas da minha vivência.

De igual modo, e nelas orgulhosamente me revejo, a minha mulher e as nossas filhas como parte deste todo – uma geração –.

E a princesinha… a neta, que coroa tudo e todos e será, certamente, o fecho deste derradeiro ciclo da minha vida.

Um carinho muito especial, vai, todavia, para os meus professores: da instrução primária, do colégio de Mação, da Escola do Magistério Primário de Lisboa, de muitas outras Escolas, Colégios e Liceus, onde cursei as mais variadas matérias, bem como das Faculdades de Letras e Direito, onde ia por gosto e, até, por gostar.

Admiro o António Aleixo e todos os outros poetas populares; gosto de folclore, aprecio os grandes mestres da nossa gastronomia e vejo em todas as pessoas uma hipótese de me ensinarem qualquer coisa – sou um aluno recorrente e assim quero ser para sempre –.

Os livros, com quem passo muito tempo e os meus escritos, preferencialmente dessa e para essa gente simples a que pertenço e de que me honro.

Sem comentários: