Não aceito as opiniões dos analistas do “nosso jornal” que, dão a entender que, não sabem quando, o concelho estará deserto.
Não percebo os desígnios que condicionam tais raciocínios, mas não acredito que sejam o bairrismo, o altruísmo, ou a motivação de novos moradores.
O que move cada um, o que pensa, ou mandam pensar, não nos interessa. Porém, o que se escreve, é diferente e merece meia dúzia de palavras, com outras tantas reflexões, que, por desconhecimento, ou outras finalidades, os analistas não referem.
Vejamos, por exemplo, uma recente análise em que era apresentado um quadro com os 10 “concelhos com maior quebra percentual de população (2001-2007)”.
O nosso concelho ocupa, nesse quadro, o 6º lugar e é administrado pelo PSD, estando em igualdade com outras autarquias com administrações do PS.
Em todos os concelhos há residentes que não têm no local de residência a morada oficial. Seria interessante juntar esses dados.
Das 4 colunas do artigo, coluna e meia é ocupada com números, comparações absolutas e relativas, de concelhos limítrofes, da totalidade do país.
Depois, uma coluna e meia, com “O que falhou…”, “O que falhou…” em dois extensos parágrafos e “Primeiro porque na década de 90…”, “Depois porque, nos últimos anos..”
Finalmente a “importância da floresta para o concelho…”.
Todavia, embora concordando critica-se e…acaba-se a análise.
Dirão muitos, mas faltam as sugestões, as ideias, os assuntos inovadores, os bons exemplos, as medidas apresentadas e não aproveitadas pelo poder, os programas de investimento, as reivindicações a apresentar ao poder central, etc..
É também o que pensamos que falta, mas…
Será isso o que interessa a quem vive no regime do bota abaixo, para subir, com os seus?
Esta é, quanto a mim, uma das maiores dúvidas do povo.
Entenderá o povo o que querem, realmente, os políticos?
Estamos sempre ávidos de poder ler os relatos do que se vai fazendo, do progresso e desenvolvimento das nossas terras, mas começamos a ficar enjoados de tanta roupa suja lavada nas páginas de um jornal que apreciaríamos mais, se fosse mais simples…
Democraticamente, reconhecemos o direito à expressão livre, de todos, mesmo dos que nada mais têm para dizer que mais do mesmo.
Não acreditamos que seja assim, que lá cheguem, os que lá não estão e talvez seja pena que o povo continue a não dispor de todos os dados, quando é chamado a votar.
Têm receio do que dizia um dos expoentes máximos do nosso povo (António Aleixo)?
Vós que lá do vosso Império
Proclamais um mundo novo
Calai-vos, que pode o povo
Querer um mundo novo, a sério!...
Sem comentários:
Enviar um comentário