Às vezes, também versejo!
Faço-o quase ao correr da pena, quero dizer, da esferográfica, ou das teclas do computador.
A métrica não me interessa muito; o estilo não é, para mim, fundamental!
Apenas a rima, para que não saia uma leitura muito dura e agreste ao ouvido.
Ao ouvido sim; é ele que me leva, onde me encontro, quando versejo!...
A capela da minha aldeia,
Que sempre trago na ideia,
Não é bonita, nem feia;
Mas é a da minha aldeia.
Quando ouço as badaladas
Do sino da minha aldeia,
Lembram-me coisas passadas
Que ficaram na ideia.
Lembram-me mortos e vivos!
- Casamentos, baptizados…
Os sonhos adormecidos
De tantos anos passados...
Lembra-me o que já esqueci,
Por tantas voltas do Mundo!...
O que ganhei e perdi,
O que distingo e confundo.
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