domingo, 18 de dezembro de 2011

Teorias…Teorias


Cantam bem, mas pouco me alegram! Fazem-me lembrar a “música” lá da minha terra, que, pelo menos, uma vez por ano, tínhamos de ouvir, nas festas do Senhor dos Aflitos! Os músicos iam mudando, o mestre da música, também…mas a música era sempre a mesma.

E o “assistente” de um desses encontros de doutos economistas, lá ia dizendo: se soubessem criar… não ensinavam… faziam!... Assim,“Teorias… Teorias”…

Ao cabo de dezenas, centenas, se não milhares, de “briefings”, grupos de discussão, debates, encontros, frente-a-frente, entrevistas, colóquios, análises, comentários, inquéritos, sondagens, críticas e mesas redondas;

Durante arrazoadas teorias de “politólogos”, economistas, sociólogos, analistas, comentadores, articulistas, colunistas, apresentadores, repórteres, noticiaristas, panfletários, “boys”, correligionários, militantes, independentes, cronistas, ideólogos, mentores, ensaístas, editores, anotadores, observadores, críticos e redactores, sem esquecer os “defuntos” educadores da classe operária, os vanguardistas iluminados e os arautos da liberdade.

Ao som de caciques, meseiros e mesários, agiotas, “super-boys” e um sem número de “…istas”, que resistem, sem ser nada.

Lembram-me as uvas do rabisco, que só os pássaros comem, porque não têm alternativa.

O nosso castigo, se é que fizemos mal a alguém, é ter de ouvir e ver, por aí, todas essas classes de gente com pouca classe.

Nós, que a única coisa que fomos, foi “militares, sim, por obrigação! Militantes, não, por opção!

Nós, que nos revemos nas palavras de Fernando Pessoa:

· Não sou nada.

· Nunca serei nada.

· Não posso querer ser nada.

· À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do Mundo.

                                                           “Álvaro de Campos”

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