Mapa viking – séc. XV
Os primeiros mapas, conhecidos, foram feitos na Babilónia, ( 2300 a.C.), em tábuas de argila e continham, na sua maior parte, medições de terras, para cobrar impostos.
Na China foram encontrados mapas do séc. II a.C., mais extensos e traçados sobre seda.
A necessidade e capacidade de fazer mapas são universais. Um dos mapas primitivos mais interessantes é a Carta Geográfica, feita pelos habitantes das Ilhas Marshall, no Pacífico Sul, numa trama de canas, dispostas de forma que indica a posição das ilhas.
Os Maias e os Incas desenvolveram a arte da cartografia, traçando, este último povo, já no séc. XII, os mapas das terras que conquistavam.
Anaximandro, filósofo grego do séc. VI a. C., representou o mundo então conhecido, no que se considera o primeiro mapa do mundo. Era um mapa, de forma circular, que mostrava o mundo conhecido, agrupado em torno do Mar Egeu, rodeado pelo Oceano.
Um dos mapas mais famosos da Época Clássica foi traçado no ano 200 a.C., pelo geógrafo grego Eratóstenes. Representa o mundo conhecido, da Grã-bretanha a NW, à foz rio Ganges a leste, até à Líbia, a sul. Neste mapa apareceram, pela primeira vez, linhas paralelas transversais, para assinalar os pontos com a mesma latitude, bem como alguns meridianos com uma separação irregular.
No ano 150, o sábio grego Ptolomeu escreveu a sua Geographia, contendo mapas do Mundo. Foram os primeiros mapas em que se utilizou, de forma matemática, um método preciso de projecção cónica, se bem que com muitos erros, tais como a extensão excessiva da placa terrestre euro-asiática.
Depois da queda do Império Romano do Ocidente, em 476, a cartografia europeia quase deixou de existir. Continuaram as cartas feitas pelos monges, cuja projecção era teológica – representavam Jerusalém como centro do mundo – e não davam muita importância à exactidão geográfica.
Todavia, no mesmo período, os navegantes árabes, realizaram e utilizaram cartas geográficas de grande precisão. Em 1514, al-Idrizi, erudito árabe, fez um mapa do mundo, exacto e detalhado.
Os navegantes do Mediterrâneo, com destaque para os Maiorquinos, começaram no séc. XIII a preparar cartas marítimas, sem meridianos, nem paralelos, mas com umas linhas que indicavam a direcção dos portos mais importantes. Daí o seu nome: portulanos.
No séc. XV imprimiram-se, na Europa, os mapas de Ptolomeu que, durante muitos séculos, viriam a ter grande influência nos cartógrafos europeus.
(Continua)
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