Mapa do Algarve - 1670
No início do séc. XVI, em 1507, o geógrafo alemão, Martin Waldseemuller, foi o primeiro a designar as terras transatlânticas, acabadas de descobrir, com o nome de América.
Foi um reconhecimento ao trabalho de Américo Vespúcio, que começou a traçar os mapas das suas viagens pelo Continente Americano, depois de instalado em Sevilha, em 1508, ao serviço do rei Fernando, de Espanha.
Contribuíram também para o conhecimento do novo continente as expedições e os mapas traçados por Solís, Pinzón e Juan de la Cosa.
Os mapas de Salviatti e de Castiglione – planisférios -, de cerca de 1525, são documentos importantes da cartografia da época.
O planisfério de Castiglione, oferecido, pelo autor, ao Imperador Carlos V; o mapa de Waldseemuller, impresso em 12 folhas, foi dos primeiros a separar a América do Norte e a América do Sul, da Ásia.
Em 1570, o cartógrafo flamengo Abraham Ortelius publicou o primeiro atlas moderno, de 70 folhas, a que chamou Orbis Terrarum.
Ainda no séc. XVI, Gerardus Mercator, considerado um dos maiores cartógrafos da época dos descobrimentos, criou nova projecção para o mapa do mundo, que viria a ter alto valor para todos os navegantes.
A precisão dos mapas posteriores aumentou muito, graças às determinações mais precisas da latitude e da longitude e aos cálculos sobre a forma e tamanho da Terra.
Na primeira metade do séc. XVII surgem os primeiros mapas com ângulos de declinação magnética e, em 1665, cartas com indicação das correntes oceânicas.
Nos finais do séc. XVIII, com a decadência do espírito explorador e o desenvolvimento do nacionalismo, vários países desenvolveram estudos cartográficos e topográficos.
O mapa topográfico, completo, de França, foi publicado em 1793.
Era, mais ou menos, quadrado, com 11 metros de lado.
O Reino Unido, Espanha, Áustria, Suiça e outros países, seguiram o exemplo.
Nos Estados Unidos, organizou-se, em 1879, o Geological Survey (estúdio geológico), com a finalidade de realizar mapas topográficos, de grande escala, em todo o país.
Em 1891, o Congresso Internacional de Geografia, propôs uma cartografia do mundo inteiro, na escala 1:1 000 000, tarefa nunca concluída.
No séc. XX a cartografia passou por uma série de grandes inovações técnicas.
Desenvolveu-se a fotografia aérea durante a 1ª Guerra Mundial e, depois, na 2ª Guerra Mundial foi largamente utilizada e aperfeiçoada esta técnica que permitia mapas quase perfeitos.
Em 1966 os Estados Unidos lançaram o satélite Pageos e na década de 70, três satélites Landsat e estes equipamentos estão ainda realizando estudos geodésicos completos da superfície terrestre.
Apesar dos grandes avanços e das novas tecnologias estão ainda por realizar estudos e levantamentos topográficos, cartográficos e fotogramétricos de grandes áreas da superfície terrestre.
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