Camaleão, significa “leão da terra”, das palavras gregas “chamai” (na terra, no chão) e “leon” (leão).
É o nome dado aos répteis sáurios, da família “Chamaeleonidae”, por que são conhecidas mais de 80 espécies de lagartos.
O camaleão tem até 60 cm de comprimento.
A língua (protraível), projecta-se, à velocidade do raio, sobre as suas presas (insectos e outros pequenos invertebrados), até cerca de um metro.
Os olhos movimentam-se, independentemente.
A cauda (preênsil) é capaz de prender qualquer coisa.
As patas são fortes; os dedos dos pés actuam como pinças.
A característica dos camaleões que mais os distingue de outros lagartos, congéneres, é a faculdade de mudar de cor.
Convém que se esclareça que a mudança de cor não é apenas por razões de camuflagem; nas lutas, as cores indicam se o oponente, está assustado ou furioso.
O camaleão tem hábitos solitários e não tolera no seu território a presença de outro, mesmo que seja fêmea.
Quando se sente atacado, morde, embora a sua mordedura seja inofensiva.
É um animal sedentário, passando largos períodos, imóvel, no mesmo sítio, esperando que lhe passe ao alcance qualquer presa.
Vive nos ramos das árvores e arbustos e hiberna durante o Inverno, enterrado, com os 9 a 30 ovos, numa toca que escava em terreno arenoso, donde volta a sair, com as crias, quando desponta o calor e a luminosidade da Primavera.
O fóssil mais antigo de camaleão, “Chamaeleo caroliquarti”, foi datado como tendo cerca de 26 milhões de anos.
Porém, outros vestígios fósseis sugerem que o “ancestral comum mais recente”, com a família mais próxima, “Agamidae”, existiu há mais de cem milhões de anos.
Estes números, mais astronómicos que taxonómicos, servirão apenas para nos dar a certeza de que estamos perante umas das primeiras criaturas da Terra que foi resistindo até aos nossos dias e ainda hoje tem mais de 80 espécies, especialmente na África, ao sul do Sara, e na região mediterrânica da Península Ibérica.
Muitas culturas indígenas atribuem ao camaleão significados divinos e misteriosos; entre nós significa falsidade, flexibilidade, mas, também, arte de bem representar.
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